O que levou a Globo a apostar em Fátima Bernardes para o sofá da noite?

Apresentadora comandará um programa com entrevistados e musicais bem no estilo Hebe

José Armando Vannucci
José Armando Vannucci - José Armando Vannucci
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Fátima Bernardes à frente do painel em homenagem a Caetano Veloso e Maria Bethânea
Fátima Bernardes vai gravar pilotos nas próximas semanas Reprodução Globo
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Num passado não muito remoto jamais se imaginaria que Fátima Bernardes ocuparia o horário nobre da TV Globo com um programa de variedades. Informação confirmada hoje a partir da publicação da notícia pela coluna Play, do O Globo. A tradicional atração que reúne artistas convidados, especialistas, musicais e auditório não tem a cara do horário nobre da emissora, diriam os diretores. O prime time da principal TV do país sempre ocupado por dramaturgia, programas mais elaborados, humorísticos, musicais especiais e realities. Mas, sofá da Hebe, nem Ana Maria Braga quando chegou ao Plim-Plim.

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Convenhamos, muitas pessoas gostam dos programas de sofá para um bom bate papo e entretenimento. Atração muito mais barata do que outros formatos e que tem a cara da TV aberta. Aliás, é justamente por esse motivo que a TV Globo escolheu esse tipo de atração para seu horário nobre em 2025. A emissora precisa, mais do que nunca, ter programas que o público só encontrará na TV aberta. Dramaturgia, principalmente séries e minisséries, o streaming produz muito bem e oferece em quantidade.

Mas, a escolha de Fátima Bernardes para um programa de auditório na grade noturno também reúne questões estratégicas e comerciais. A jornalista já chegará à sua nova atração com respaldo de anunciantes, afinal é garota propaganda de algumas marcas. Além disso, pode atrair novos clientes porque tem credibilidade e o consumidor confia em suas palavras. Entretanto, uma outra característica de Fátima agrada ao comando da TV Globo: ela é referência para mulheres de todas as classes sociais e muito admirada por quem está nas classes C e D. E é justamente aí que o negócio fecha.

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De olho no futuro da TV aberta

A TV Globo sabe que nos próximos anos aumentará a fuga de um público que gosta de dramaturgia para os serviços de streaming e que muitas pessoas das classes A e B deixarão de assistir a TV aberta. Por isso, precisa conversar melhor com a grande massa, oferecer conteúdo que agrade a todos e, principalmente, que só possa ser assistido na televisão.

Além disso, a Globo optou por Fátima Bernardes por ela ter a idade da grande parcela de quem assiste à televisão. Pesquisas mostram que a TV aberta é acompanhada por pessoas com mais de 35 anos, com grande participação dos + 60. É claro que a emissora não deixará de apostar em novos talentos, como Ana Clara, mas reuniu um pessoal que está na faixa do telespectador: Fátima Bernardes (61), Luciano Huck (53 anos), Eliana (51), Tadeu Schmidt (50), Patrícia Poeta (47). Marcos Mion (45), Sabrina Sato (43). Tem outra turma mais velha, com Ana Maria Braga (75) e Serginho Groisman (74). E o pessoal mais novo: Ana Clara (27) e Tati Machado (33).

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Ao olhar essa relação dá pra entender o porquê a TV Globo consegue conversar melhor com o público e, desta forma, manter a liderança. Aposta e prepara a nova geração, mas tem seu time com a maior quantidade de quem realmente está à frente da televisão.

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