O SBT entrou em nova fase no processo de ajuste de suas contas para chegar ao fim de ano com números no azul. O alto comando da emissora autorizou a redução de pessoal e, neste segunda-feira, o facão cortou, pelo menos, 31 profissionais. Todos os programas afetados e ordem para que as equipes trabalhem com estrutura enxuta.
Ha alguns meses, o SBT adotou uma política de contenção de gastos, reviu processos de produção e cortou custos administrativos e operacionais. Todos chamados para a administração mais responsável dos orçamentos e aposta na criatividade para vencer os desafios de novos programas. Não precisou de muito para todos perceberem que alguns vícios de produção e apostas artísticas precisavam ser revistos porque dobravam custos.
Os cortes do SBT não pouparam nem mesmo os profissionais que, mesmo com situações confortáveis, trocaram de emissora após promessas dos novos programas. Pessoas que acreditaram nos projetos e foram para posições à frente das câmeras e nos bastidores. Somente no Chega Mais 12 pessoas desligadas. Além disso, outras duas deslocadas para o Circo do Tiru, que recentemente reduziu a equipe.
Promessas de contratações
No final do ano passado, durante a festa de encerramento de atividades, Daniela Beyruti disse em discurso que em 2024 as apostas da emissora iriam gerar novos empregos. E ali, na frente de todos, anunciou alguns benefícios, entre eles o aumento no vale refeição. Mas, quando começaram a montar as equipes do Chega Mais, Tá na Hora, Circo do Tiru e Sabadou, todos os programas acabaram cedendo funcionários para as novas atrações.
Mas, em dezembro do ano passado e nos primeiros meses de 2024, a expectativa era de aumento da audiência e faturamento suficiente para ampliar os projetos. Entretanto, o novo desenho de grade derrubou os índices e a entrada de recursos publicitários ficou abaixo do esperado. Além disso, houve um grande investimento no lançamento do +SBT.
O fato é que muita coisa ainda não funcionou no SBT, apesar de todos os esforços. Quem circula por lá sente a pressão por resultados e vê que muita coisa mudou. Entretanto, muitos reconhecem que a situação só vai melhorar se Daniela Beyruti mexer em duas ou três peças que ficam no meio do tabuleiro, defendem seus olhares e vetam ideias diferentes e que agradam à executiva. Há um medo de muita gente lá na Anhanguera de perder espaço para quem chegar com olhares mais amplos e menos viciados.
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