O SBT é uma TV diferente, não há dúvidas. E essa “diferença” faz a emissora criada por Silvio Santos conquistar fãs e ser tão próxima do público e dos artistas. Você já tinha imaginado Ronaldo Fenômeno pedindo ao vivo uma “vaga” na equipe de esportes que cobrirá a Copa do Mundo? Só no SBT um ex-atleta do tamanho do Fenômeno pode fazer isso com a maior naturalidade durante o Teleton como se estivesse numa conversa de bar com os amigos. E mais: a presidente da emissora, Daniela Abravanel Beyruti, assume o compromisso na hora, sem titubear ou pensar nos valores do contrato. É a mesma agilidade que Silvio Santos teria se ouvisse o pedido ao vivo.
Quer mais um exemplo de que o SBT é uma emissora diferente? Galvão Bueno, um dos narradores mais consagrados da TV brasileira, demonstrou certa frustração por nunca ter participado do Teleton. Houve uma época em que a Globo não autorizava suas maiores estrelas na maratona televisiva e, como ele integrava o time máximo, era sempre não aos pedidos do SBT. Mas, ali no palco, muito à vontade, uma das maiores referências do jornalismo esportivo mostrou suas frustrações e desejos.
Esses são apenas dois exemplos extraídos do Teleton que comprovam o quanto o SBT é diferenciado e dá uma liberdade que todo profissional da comunicação deseja. Mas, envolvidos na alegria de um programa ao vivo, os dois reagiram com tamanha naturalidade e mergulhavam nas brincadeiras de fazer gol e narrar um game praticamente improvisado.
Naturalidade X planejamento
O Teleton é um evento que exige meses de planejamento e produção. São mais de 24 horas de programação (a maioria ao vivo) com o comando de diversos apresentadores, muitos números musicais, entrevistas e reportagens. A maratona precisa mexer com a emoção, ter alegria, entregar conteúdo e mostrar o trabalho da AACD. Tudo isso muito bem roteirizado. Entretanto, ali no palco acontece a magia, com muita naturalidade e os improvisos necessários. Parece caótico. É essa espontaneidade que faz o Teleton ganhar uma dimensão muito maior.
Algumas semanas antes, a Globo exibiu o show do Criança Esperança, programa que marcou o ápice dos pedidos de doação. Cenário impecável, palco bonito e Xuxa, Angélica e Eliana na apresentação. Artistas como Ivete Sangalo, Ludmila, Fábio Júnior e Bello como convidados. Paulo Vieira e Fábio Porchat no humor. Um roteiro e conteúdo impecáveis, com uma bela direção. Entretanto, pouca naturalidade. Nada caótico. Uma entrega artística muito elevada, audiência superior, mas menos repercussão nas redes sociais.
Dois eventos com o mesmo objetivo: mobilizar o telespectador para doações e, assim, ajudar a AACD e Unicef. Dois estilos muito diferentes, mas com certeza nada fora do roteiro aconteceria no Criança Esperança. Muito menos Ronaldo Fenômeno pedindo uma oportunidade na próxima Copa do Mundo.
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