O SBT insiste em viver de passado. A emissora se apoia em programas que marcaram época, tentando repetir fórmulas que já não funcionam na televisão atual. A justificativa para isso é sempre a mesma: manter o chamado “SBT raiz”. Mas, na prática, esse discurso soa mais como uma máscara para encobrir a falta de criatividade e ousadia.
Um exemplo recente dessa estratégia é o plano de trazer de volta o Viva a Noite, sucesso dos anos 1980 com Gugu Liberato. A ideia é entregar o comando a Luis Ricardo e a João Augusto, filho do apresentador falecido em 2019, segundo informações da Coluna D.

A proposta até pode soar como homenagem, mas, no fim, reforça a sensação de que a emissora prefere reviver glórias antigas em vez de apostar em formatos inéditos que conversem com o público de hoje.
Nos últimos meses, vimos uma série de ‘homenagens’ na tentativa clara de fazer funcionar na programação atual, como foi o caso de Aqui Agora, Porta dos Desesperados, Show do Milhão, Topa Tudo por Dinheiro, Porta da Esperança e Bom Dia & Cia. Uns deram certo por serem inseridos como quadros do PSS, já outros, nem tanto.
Valorizar a própria história é legítimo, mas não pode ser o único caminho. Enquanto outras emissoras arriscam e buscam renovar suas grades, o SBT parece preso a um looping de nostalgia. A nostalgia até pode despertar curiosidade em um primeiro momento, mas não sustenta audiência no longo prazo.
Se o SBT não ousar sair dessa zona de conforto, corre o risco de se tornar uma emissora refém de sua própria história, sem espaço para construir um futuro. E como diz a Globo: “O futuro já começou”.
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