A novela Três Graças promete mexer com o público através de várias tramas e personagens. Mas, o cotidiano de Lígia, Gerluce e Joélly causará uma identificação quase que imediata em boa parte das telespectadoras. As personagens de Dira Paes, Sophie Charlotte e Alana Cabral mostram uma realidade de boa parte do país: três gerações próximas de mulheres que engravidaram muito cedo.
Lígia (Dira Paes) e mãe de Gerluce (Sophie Charlotte) e avó de Joélly (Alana Cabral). As três engravidaram na adolescência e, por isso, na tela teremos uma avó jovem, uma mãe também jovem e uma adolescente que espera o filho de seu primeiro namorado. “A Lígia traz reflexões sobre a mãe pioneira, essa mulher que inicia a família. A relação com a filha foi construída quase como uma amizade, mas a Joélly já vem amparada pela avó e mãe”, explica Dira Paes. Entretanto, apesar dessa mudança geracional e de comportamento, afinal nos dias atuais a gravidez na adolescência gera menos preconceitos, elas vão mostrar o quanto é fundamental a união familiar. “É uma relação brasileira que acontece em muitas casas periféricas do país”, reforça Alana Cabral, jovem atriz que não esconde a emoção em participar de um núcleo com duas atrizes consagradas e que são referências em sua carreira.
Sororidade e suporte emocional
Em Três Graças, neta, mãe e avó estarão de dilemas muito parecidos e, apesar disso, também diferentes. Joélly descobre a gravidez precoce, assim como aconteceu com sua mãe e avó. Além disso, outra semelhança na trajetória dessas mulheres de gerações tão distintas: os relacionamentos não são tão saudáveis, como podem parecer. A garota tem sua primeira grande paixão e nem percebe alguns sinais. “O abandono paterno a faz encontrar no Raul um amor Romeu e Julieta. A falta da figura paterna faz ela ficar presa a essa relação. Ela nem enxerga que tudo aquilo é tóxico”, conta Alana Cabral.
Raul, o namorado da adolescente, é interpretado por Paulo Mendes, que já desenvolveu outros personagens complicados. Entretanto, Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva criaram camadas mais complexas para o garoto de Três Graças. “Ele nunca é notado pela mãe e avó e, por isso, ele busca refúgio em outros lugares, como no amor e drogas”, explica o ator. Raul é um jovem rico, mas que acaba na comunidade atrás de drogas. E o pior: ficará devendo aos traficantes. E essa será uma discussão interessante por se tratar também de uma realidade em muitas famílias brasileiras. Mas, Três Graças reforçará mais uma vez que “o amor consegue libertar e colocar você em outro lugar”, entrega Paulo Mendes.
Por isso, Dira Paes fez questão de destacar durante a coletiva de imprensa de Três Graças que a novela deixará bem claro que “só é possível sobreviver num ambiente com sororidade, troca, cumplicidade e suporte emocional e psicológico”.
Identificação feminina
Lígia é o alicerce dessa família. Trabalhou desde cedo para criar a filha e, depois, ajudar com a neta. Mas, vai se ver diante de uma barreira quase intransponível. Com saúde fragilizada, terá que aceitar passar esse papel para Gerluce. “A Lígia está no limite emocional com o fato de deixar o lugar de quem estava na liderança e precisa abdicar de tudo por causa da saúde. Esse é um grande dilema de muitas mulheres brasileiras”, lembra Dira Paes.
Gerluce não economiza energia para tentar realizar o sonho da filha em cursar medicina para que ela tenha uma vida melhor do que a sua e da avó. Mas, ela descobre que a patroa Arminda e seu amante, Santiago Ferette, participam de um esquema criminoso de falsificação de medicamentos distribuídos para a população carente pela Fundação Ferette. Os remédios levam farinha na composição e, por isso, não fazem efeito. E, assim, com a ajuda de uma amiga, tentará de tudo para salvar a mãe. Ações típicas das heroínas dos folhetins, mas com a energia das mulheres da vida real.
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