Vale Tudo chega ao seu final como um dos assuntos mais comentados do momento. Tirando assuntos políticos, relação Brasil X Estados Unidos e a violência do dia a dia, a novela está nas manchetes dos sites e nos perfis das redes sociais. Até mesmo quem, antes da estreia do remake, só falava mal da trama, se rendeu ou buscou se beneficiar com toda essa repercussão. Além disso, muita gente passou a assistir à versão de Manuela Dias a partir de todo esse falatório. Sim, somos movidos pela curiosidade, principalmente quando todo mundo comenta o assunto.
Com o penúltimo capítulo de Vale Tudo não poderia ser diferente. É assunto em muitas conversas nesta sexta-feira, principalmente sobre os pontos que não convenceram o telespectador ou que mostram menos cuidado com alguns detalhes. A cena com Maria de Fátima na cama da maternidade e Raquel amamentando a criança com mamadeira não passou despercebida por quem estava em casa. Claro que muitas mulheres não têm leite após o parto, mas o público precisava dessa informação para aceitar esse momento. Por falar nisso, a criança no colo do Raquel na porta de sua casa mais parece uma garrafa de refrigerante enrolada num pano.
O público também não perdoou a fuga de Marco Aurélio. O questionamento já começa com a fala do policial trocando mandado de prisão por mandato de prisão. Depois, a corrida dele na pista do aeroporto clandestino, que ganhou um toque de humor. Adequado para o momento? Mas, o que irritou muito o telespectador foi o fato de Eugênio desistir de viajar com Freitas em busca da sua felicidade e de um companheiro. A cena com Celina fria e incrédula da decisão somente reforça um olhar muito errado sobre os trabalhadores domésticos. Um silêncio que mostra o abismo que existe entre pontas opostas da sociedade. E mais: Tia Celina continua limpa e impecável com seu livro enquanto sua sobrinha está na prisão. Se a ama tanto, no mínimo, estaria com um bom advogado tentando tirá-la da prisão.
Acerto na cena clássica
Desde que Vale Tudo estreou, o público aguardava dois momentos, principalmente por quem assistiu à primeira versão e gosta de comparar as duas produções. Uma delas é a morte de Odete Roitman com todos os desdobramentos e outra a “banana para o Brasil” durante a fuga de Marco Aurélio. Essa é uma cena emblemática que diz muito e faz uma forte crítica a um país onde os ricos e poderosos possuem seus benefícios. Os gestos com os braços apareceu ao som de Brasil, com Gal Costa.
Entretanto, para mostrar que o país evoluiu, Marco Aurélio será preso após seu jatinho sofrer uma pane e ser obrigado a um pouso forçado e de emergência. Uma adaptação ao texto original que agradou a muitos e, claro, questionado por uma grande parcela do público.
A partir dessa pequena lista, fica claro que o penúltimo capítulo merecia uma atenção maior da produção para evitar alguns deslizes tão bem observados por quem assiste à novela.
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