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América: uma novela que soube se transformar em sucesso

A Globo estava em um excelente momento em seu horário mais nobre. Desde que Esperança, uma novela problemática e que deu muita dor de cabeça a emissora e acabou no início de 2003, a emissora vinha colecionando êxitos. Mulheres Apaixonadas, de Manoel Carlos, elevou os números de audiência e entregou para Celebridade, de Gilberto Braga. Num horário com grandes perspectivas de manter, a trama do escritor fez até que mais sucesso que a saga das mulheres.

Gilberto Braga estava inspirado e suas protagonistas conquistaram o país inteiro. Mas, o famoso clichê “Quem matou?” foi um acerto e fez a novela bater 61 pontos em seu capítulo final. O que estava bom, ficou melhor!

Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva, estreou em meados de 2004 e logo se sagrou sucesso de público. A vilã Nazaré, de Renata Sorrah, fez um tremendo sucesso, terminou até então como a maior audiência da década. Os anos seguintes passaram e ela se manteve no topo, imbatível.

Em fevereiro de 2005, pós carnaval estreava América, de Glória Perez. Dois motes principais definiam os enredos centrais e coadjuvantes. A trama se dividia entre o universo dos rodeios e os Estados Unidos. Assim, erros identificados logo no início.

Contrastes no ar

Era nítida a divergência entre as ideias da escritora e do diretor, Jayme Monjardim. América estreava sob forte pressão para, no mínimo, segurar a audiência de sua antecessora, mas não aconteceu. No ar, uma uma novela em tons escuros e com teor dramático fora do tom. Mas, nem mesmo a paixão repentina entre Sol e Tião foi capaz de amenizar o aspecto de drama que fez o público mudar de canal. A audiência se esvaiu e era necessário fazer ajustes para reaver números considerados importantes para o horário. O início da divergência entre ambos foi ainda na escolha da protagonista. Ela queria Deborah Secco, ele Camila Morgado. Prevaleceu a ideia da escritora, que defendia que Deborah carregava atributos mais específicos de Sol. 

Mudanças que resultaram

Como de praxe, a Globo quando se depara com novelas que tiveram um início tumultuado, faz seu relançamento: algo próximo a uma estreia dentro da novela, uma novidade. América teve todo um trabalho para que esse novo lançamento revertesse a situação e mudanças foram feitas. Com uma agressiva divulgação em toda programação, era a anunciada uma grande virada na trama. Sol, agora nos EUA, trabalha em uma divertida boate, cenário propício para a autora inserir personagens mais animados e uma atmosfera mais festiva. Mas, com a entrada na América, Sol se apaixona por Ed, namorado de Miss May. Uma nova novela foi criada a partir da entrada da protagonista em solo americano.

Em 12 de abril a novela ganhava outro fôlego, agora sob comando de Marcos Scheshtman. Uma nova abertura também foi criada.

Soy Loco por Ti América

A música Órfãos do Paraíso, de Milton Nascimento e Sagrado Coração da Terra, foi trocada pela animada versão de Soy Loco por Ti América, na voz da também animada Ivete Sangalo. A abertura ganhou contornos mais coloridos e o logotipo também, embalados por imagens que norteiam os personagens. Tudo isso, logo no capítulo de marcaria a virada.

Não só a história central foi alterada. Raíssa e Lurdinha ganhavam mais destaque. A primeira pela imersão em festas regada a muito funk, hits que explodiam no país, e a segunda elo interesse no pai da amiga, dois grandes acertos de Glória que ganharam mais espaço ao longo da novela. Creuza, de Juliana Paes, dava o tom de comédia necessária. Criada para ser a antagonista de Sol no Brasil, Simone, de Gabriela Duarte, conquistava espaço na vida de Tião. 

Encontros e Desencontros nas pontes aéreas 

Forte característica da escritora, dividir suas criações em diferentes países, em América não foi diferente. A ponte aérea definia a história. Os diversos encontros e reencontros entre Sol e Tião permearam por alguns capítulos, mas o público já dava indícios do interesse maior em que ela ficasse com Ed e Tião com Simone.

Com esse interesse do público foi criada outra espinhosa atmosfera para o Sol: as maldades de May, que fez da vida da latina um verdadeiro inferno. Assim, em dado momento, a trama já se consolidava e mostrava sinais que as mudanças haviam surtido um efeito positivo. Personagens como Neuta, Junior, Creuza, Dinho, Carreirinha, Glauco, Raíssa, entre outros, caíram nas graças do público e fizeram sucesso. Entre idas e vindas de Sol e Ed e de Tião e Simone, a novela se consolidava como um sucesso. Seu último capítulo ultrapassou os 60 pontos de audiência.

Dentre muitos aspectos positivos, América é uma boa pedida e está no Globoplay pronta para ser maratonada. Mas, a trama teve estreia ontem no canal Viva para a alegria dos fãs, que não são poucos.

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José Armando Vannucci
José Armando Vannuccihttps://www.canaldovannucci.com.br
José Armando Vannucci é um jornalista e escritor com mais de 35 anos de carreira dedicada à cobertura e análise da televisão. Destacou-se na Jovem Pan e em programas da TV Gazeta, TV Globo e Band, consolidando-se como referência no setor ao integrar o júri do Troféu Imprensa, no SBT, e ao lançar, em parceria com Flávio Ricco, a obra "Biografia da Televisão Brasileira". Atualmente, o Canal do Vannucci é seu espaço para compartilhar novidades sobre os bastidores do universo televisivo.

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