Ninguém duvida que o SBT já não é mais o mesmo

A saída de Lucas Gentil do SBT se transformou no principal assunto nos corredores da emissora. Para muitos, sinal de uma nova realidade. Nas conversas entre funcionários, muito comum ouvir que a nova estrutura da empresa contará muito pouco com o que existia até então. “Se o Lucas, que era tão próximo a Daniela, não resistiu, o que será de quem passa longe da linha do poder?”, indagou uma fonte do Canal do Vannucci. Além disso, entende-se que há novos gestores no artístico, programação, produção e conteúdo e, natural, que montem suas equipes de confiança.

Para bom entendedor, o SBT tem um novo olhar para os desafios que surgiram para a retomada de posição no mercado. Nos últimos anos, a emissora registrou uma constante redução de audiência, que a colocou mais distante da Record e mais próxima da Band. O alto comando quer frear essa queda e começar a investir numa nova grade capaz de competir com suas concorrentes diretas. Mas, com novos diretores, nada mais compreensível do que renovação de equipe.

Aos poucos, duas gerações saem do SBT

Desde agosto de 2023, o SBT vem demitindo executivos que marcaram época na emissora e, principalmente, estiveram com Silvio Santos. Fernando Pelégio foi o primeiro a sair. Depois Murilo Fraga, Richard Van Esch e Rafael Larena, esses dois últimos assessores diretos de Silvio Santos, deixaram a emissora. No ano passado, houve o corte de Luciana Valério, responsável pelo comercial, sob alegação de um reposicionamento do setor.

O SBT também demitiu diretores que estiveram à frente de suas principais atrações. Ariel Jacobowitz, Carlos Aleixo e Gustavo Vaccari saíram da emissora, mesmo com currículos marcados por sucessos em outros tempos. Além disso, houve mudança na direção de jornalismo e nas principais chefias do departamento. Nos bastidores da Anhanguera há quem aposte em outros ajustes, mesmo com novos investimentos na TV aberta e no +SBT.

O fato é que já existe a compreensão de que os tempos são outros, assim como as chefias e o poder. As cobranças chegam de outras formas, com novas metas, novos desafios e apostas. A atual organização administrativa aponta para isso.