Público da TV no Brasil é mais velho. Será que o jovem volta?

Pessoas mais com de 60 anos de idade representam quase 30% de quem está à frente da TV

José Armando Vannucci
José Armando Vannucci - José Armando Vannucci
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O maior desafio das emissoras é ser atraente aos jovensPexels

O público da televisão brasileira é mais velho e, por isso, os diretores das principais emissoras de TV possuem pela frente um grade desafio. Como fazer essa plateia ser mais nova? Como atrair os jovens acostumados com as facilidades das plataformas digitais? Para alguns desses profissionais, a solução chega através de programas criados para esse perfil que sumiu da frente da TV.

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Estudo obtido com exclusividade pelo Blog do Vannucci mostra que, em abril, a fatia compreendida por pessoas com mais de 60 anos representou, na média, mais de 28% do público. A Band é a que tem a maior participação dessa faixa. A emissora tem 37% de telespectadores com mais de 60 anos de idade. TV Globo, Record e Canais pagos têm 35% nessa faixa e o SBT 29%.

Pessoas entre 35 e 49 anos de idade representam 26% do público e a fatia entre 50 e 59 anos tem 16% de presença na TV linear. Ou seja, 70% das pessoas que consomem conteúdo audiovisual no Brasil são adultos com mais de 35 anos. E quanto mais velho, mais fica à frente da TV. Portanto, o desafio em atrair os mais jovem é imenso.

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Onde estão os mais jovens?

O estudo aponta que pessoas entre 25 e 34 anos representam 13% do público. Na sequência, aparecem as faixas 04 a 11 anos (7%), 18 a 24 (6%) e 12 a 17 anos (5%). Mas, ao abrir a média por faixa de idade fica muito claro que as crianças e pré-adolescentes (4 a 11) acessam mais conteúdo nas plataformas digitais do que na TV aberta. Mesmo assim, é no SBT onde está a maior quantidade desse público.

Diante desses números surgem as perguntas: será possível a TV aberta reconquistar crianças e jovens? E como isso acontecerá? As respostas não são simples, principalmente porque só há como referência para crianças na TV aberta os programas e desenhos do SBT e TV Cultura. As demais redes praticamente excluíram esse segmento, além dos adolescentes.

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Reverter esse quadro exigirá muito investimento e paciência. Além disso, uma grade consistente e muita insistência dos diretores que apostam nesse retorno. Mas, os números frios das pesquisas são muito claros: atrações exclusivamente para jovens não explodem em audiência. Talvez porque não conversam com os mais velhos, que são os mais presentes.

Ou seja, estamos num momento onde os programas precisam conversar com o mais amplo público, sem segmentar, mas trazendo todos para o sofá, mesmo que cada um consuma o que deseja, na hora em que deseja e onde se sente melhor.

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