Poliana Abritta não conseguiu segurar a emoção durante a apresentação do Fantástico deste domingo (11/8). No bloco sobre o acidente aéreo em Vinhedo, ao voltar de uma reportagem com depoimentos de familiares, ela embargou a voz. Claramente, se esforçou para controlar a emoção. Poliana pediu desculpas duas vezes por perder a voz. Na sequência, entrou no ar mais uma reportagem sobre a tragédia e na volta já estava com a voz normal, mas nitidamente com um semblante de quem, se não chorou, chegou perto.
A reação de Poliana Abritta mostra o quanto é difícil manter o isolamento necessário para a condução de um programa jornalístico. Apesar de todo o profissionalismo, um apresentador está suscetível à emoção. Não tem como não se sensibilizar com a fala de alguém que perdeu um filho, a esposa, o marido ou os pais num acidente como o de Valhinhos.
É essa televisão verdadeira, com as emoções de um apresentador ou repórter, que a gente quer assistir. Mesmo porque já foi a época em que o condutor de um jornal ou revista eletrônica não podia deixar aparecer sua opinião, sentimento ou emoção diante de uma notícia. Atualmente, essa reação traz muito para a informação e nos ajuda a compreender um pouco melhor as sutilezas de um acontecimento.
Confesso que eu já estava emocionado com os depoimentos nas reportagens do Fantástico sobre o acidente aéreo, mas, depois da reação, fui às lágrimas. E, assim como Poliana Abritta, impossível não se colocar no lugar daqueles que estão sofrendo pelas mortes nessa tragédia.