Os acertos e erros de Mania de Você, a nova postura do público e jornalismo regional são alguns dos temas do Vannucci Responde. Este é um espaço onde falamos sobre televisão a partir do seu olhar. Mande perguntas e comentários através das redes socias @javannucci ou no espaço de comentários aqui do texto.
Boa leitura!
Eu acho que “Mania de Você” não tem mais solução. Mas é interessante olharmos para alguns pontos que deram certo: O início foi bem aceito pela galera da internet, sendo muito promovida pelo público. Depois foi se perdendo, mas esse início positivo nas redes não se via desde “Todas as Flores”. Outro acerto foi sair da temática rural e trazer uma trama mais sofisticada. A fotografia e a paleta de cores dessa novela são incríveis!
Acho que faltou mais apelo emocional materno e paterno – sendo eles presentes negativamente nessa novela. Não teve uma “mãe e filha”. Horário das 9 pede esse tipo de emoção, de aconchego. Infelizmente mais erraram que acertaram nessa novela. Mas, pra mim, não chegou a ser pior do que “Travessia”.
@MARCOSTAVARESTV
Acredito que faltou equilíbrio para o início de Mana de Você. A novela tinha tudo para conquistar o público mais velho e os noveleiros mais jovens. Entretanto, ao picotar os primeiros capítulos atrás de uma postura mais conservadora, a trama perdeu elementos importantes para a compreensão da história.
Mania de Você teve que enfrentar essa enxurrada de críticas nas redes sociais, algumas com propriedade, outras sem argumentos. Mas, a web condenou a história. Concordo com você que a novela tem uma excelente fotografia e uma escolha artística de qualidade. Mas, uma novela não se faz somente com isso. O atual comando da dramaturgia está mais preocupado com a embalagem do que com o conteúdo. É fundamental aparar todas as arestas de um texto durante a construção da sinopse e dos capítulos. Não consigo compreender como não avaliaram o que consideram excesso ou inapropriado antes de ser produzido ou gravado. Mania de Você perdeu muito, mas tem um eixo importante dos personagens principais. E uma certa identificação do público com quem aparece na tela.
A cada ano o público de TV brasileiro fica cada vez mais reacionários, então não vou estranhar se as cenas de beijos em novelas brasileiras sumirem de vez.
@APOLOS
A dramaturgia tem evitado temas e cenas que incomodam o público, mas essas pessoas que rejeitam os beijos em novelas assistem a jornais com muita violência. Com medo de perderem mais audiência para o digital as emissoras se rendem à pressão de parte dos telespectadores. Mas, quem reclama dos beijos e cenas quentes em novelas assistem a sequências muito mais fortes nas séries, filmes e novelas do streaming. Vai entender.
Jornalismo regional e revistas eletrônicas
Olá, Vannucci. Mais sucesso para você! O SBT terá olhos esse ano para a programação no RJ como a criação de um telejornal local na parte da manhã, tipo Primeiro Impacto RJ? Percebo que a Globo e a Record crescem no horário e levam a audiência para todo o dia, coisa que no SBT Rio falta. E os outros jornais, terão novidades?
@YAGOMOURA-23
Primeiro o SBT organizará sua operação para investimentos maiores. Entretanto, o alto comando da emissora entende que o jornalismo regional é uma arma importante para a conquista da vice-liderança. Só precisam buscar um diferencial, afinal, pra que mudar de canal se a concorrente faz melhor?
Vannucci, você não acha que as revistas eletrônicas de hoje estão perdendo espaço para o jornalismo na TV aberta? É minha impressão ou isso está acontecendo de verdade.
ROBSON VIEIRA
A TV aberta terá que investir cada vez mais no factual para as faixas da manhã e tarde. Infelizmente, os executivos não entendem que uma boa revista eletrônica pode trazer o jornalismo factual e mais popular. O Balanço Geral vespertino é uma revista eletrônica bem realizada e com resultados interessantes. Mas, os responsáveis por programação acreditam que revistas são aquelas com quadros muito desenhados e temas mais leves. O Chega Mais é um exemplo disso: foi desenhado para ser uma alternativa leve, com temas que pouco interessavam ao público.
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