Três Graças fechou seu primeiro mês com uma grande vitória. Mais do que audiência, a trama devolveu a uma parcela importante do público o gosto de assistir diariamente a uma novela. E isso é constatado facilmente nas conversas com amigos e também através de mensagens nas redes sociais. Dois exemplos chegam através da Coluna do Vannucci desta sexta-feira (231/11). “Tô amando Três Graças. Ansiedade pela noite e tristeza quando acaba. Espero que não inventem de mudar muita coisa”, escreveu @GabrielMesquitaaa no chat durante a transmissão ao vivo. “Minha família e eu estamos assistindo a Três Graças e quando não dá para assistir no ao vivo, a gente vê no Globoplay. Fazia tempo que uma novela não prendia a gente assim”, ressaltou @fabriniogioffi3775
Esses não são relatos isolados num chat de um canal no Youtube que fala sobre televisão e destaca as novelas em exibição. Cada vez mais comum chegar em minhas redes sociais relatos de quem pegou gosto por Três Graças, mesmo com algumas críticas, principalmente pelo sotaque de artistas. A Globo tem acompanhado toda a repercussão e, segundo uma fonte do Canal do Vannucci, a avaliação é positiva.
Acertos de Três Graças
Três Graças tem alguns acertos bem claros para o público. O primeiro deles é a escolha do elenco, inclusive nos papéis menores. O ponto comum entre Ligia, Gerluce e Joélly com a gravidez na adolescência representa a realidade de muitas mulheres que assistem à novela ou de pessoas que as telespectadoras conhecem. A referência a Robin Hood (tirar de quem rouba e comete crime para ajudar as vítimas) levanta uma importante questão ética. Além disso, não há como negar que Ferette funciona muito bem como vilão, afinal reúne crimes, preconceitos e traições. E, nesse sentido, Murilo Benício encontrou o ponto certo para sua personagem.
Aliás, vilão é o que não falta em Três Graças. Se o público chega a rir com Arminda com todo seu deboche, sente raiva com Samira. A personagem de Fernanda Vasconcellos reúne elementos suficientes para o telespectador odiar a chef da Fundação Ferette, mas amar o trabalho da atriz. E é esse jogo de ódio e amor, de ficção com entrega do artista, que faz as pessoas voltarem todas as noites para assistir a Três Graças.
Além disso, tem as histórias de amor. Gerluce e Paulinho trazem uma relação construída a partir das dores e ausência de cada um deles. A cuidadora de idosos não teve sorte com Jorginho e, por isso, não quer que ele se aproxime da filha. E foi enganada por Gilmar, um homem casado, mas que tentava ter um relacionamento com ela. Será que o amor transformará Raul? E ai entra a torcida do público para que nele seja, no mínimo, responsável como pai. Mas, teremos raiva dele, afinal seu filho será a moeda de troca pelo fim da dívida com Bagdá.
Tempo da história
E bem verdade que, apesar de elogios, uma parte do público reclama da velocidade narrativa de Três Graças. Para muitos, a história se desenvolve num ritmo mais lento. Quem assiste à novela já percebeu que os “três Silva”, os autores Aguinaldo, Virgílio e Zé, abriram aos poucos o leque da história, entregando as tramas e personagens mais centrais primeiro, para depois oferecer as histórias paralelas. Uma estratégia eficiente para conquistar o telespectador. E, de acordo com as mensagens no início deste texto, parece que funcionou.
Mas, na noite em que completou um mês (quinta-feira, 20/11) Três Graças de um susto ao despencou para 20,2 de média e 34,3% de share. Na noite anterior (quarta-feira, 19/11), a novela já tinha sofrido com 21,1 de média e 34,5% de share na Grande São Paulo. Na terça-feira (18/11) fechou um pouco melhor com 22,1 pontos, o equivalente a 37% do público do horário. Entretanto, começou a semana com sinais positivos. Na segunda-feira (17/11) conquistou 23,5 de média e 38,5% de share. É claro que há um desejo de melhora na audiência ou de, pelo menos, oscilar menos.
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