O SBT tenta de tudo para aumentar a audiência do Chega Mais, a revista eletrônica que tem por objetivo ser uma alternativa ao Encontro, Mais Você e Hoje em Dia. Mas, os índices ainda oscilam muito e as maiores médias aconteceram justamente nas coberturas mais jornalísticas, entre elas a da morte do cantor Nahim. O diretor Ariel Jacobowitz entrou para o programa com a missão de, mais do que aumentar seu Ibope, realizar a reforma na estrutura e no conteúdo.
A situação do Chega Mais poderia ser muito diferente desde seu início se soubesse quem é seu público. E isso não está restrito a um diretor, mas a todos os envolvidos na criação, formatação e pré-produção da revista eletrônica.
O Blog do Vannucci teve acesso a um estudo exclusivo sobre o perfil do telespectador do Chega Mais. A revista eletrônica do SBT é assistida majoritariamente por mulheres. Elas representam 60% do público. 56% de quem acompanha ao programa pertence às faixas etárias de 35 a 49 anos e acima dos 60 anos. Ou seja, mais da metade da audiência é composta por pessoas mais velhas. 61% desse público são das classes C2 e DE.
Números de audiência
O estudo que o Blog do Vannucci teve acesso aponta que, desde sua estreia, o Chega Mais derrubou em 30% a média do Mercado Nacional. Desde março, a revista eletrônica marca 1,6 pontos no PNT. Nos 65 dias anteriores à sua estreia, o SBT registrava nessa faixa 2,2 pontos.
São Paulo é a cidade onde o programa registra sua melhor audiência: 2,1 de média desde março. Esse mesmo número registrado em Curitiba e Manaus. Entretanto, os piores índices aparecem em Belém, com apenas 0,6 pontos, Campinas 0,8 de média, Salvador e Belo Horizonte com 0,9 pontos, o que representa 1,2% do público do horário nas duas capitais. Porto Alegre e Recife foram as duas únicas capitais que formam o PNT aonde o Chega Mais não alterou os índices do SBT.
Por que o Chega Mais não deslanchou ainda?
A resposta para esta pergunta é muito clara. Chega Mais aposta em pautas para mais jovens e, principalmente em seu início, buscou assuntos, especialistas e personagens nas redes sociais. Isso não criou uma conexão com o público do SBT nesse horário, que é mais velho. Ou seja, a emissora precisa olhar atentamente a quem assiste sua grade e oferecer conteúdo para esse público para somente depois atrair os mais jovens.